Domingos Simões Pereira quer um parlamento próximo dos cidadãos
“Por mais que tenham sido capazes de legislar, a legislação nunca será suficiente para substituir o homem”. Foi com esta citação da sua professora de ciência política, que o novo Presidente da ANP deu início ao seu discurso de encerramento da primeira sessão da ANP, que marcou o começo dos trabalhos dos novos deputados eleitos nas últimas eleições legislativas de 4 de junho e que foram investidos para um mandato de 4 anos no dia 27 de Julho.Domingos Simões Pereira assegurou que, se depender apenas de si e com o apoio de todos, a décima primeira legislatura será o exemplo de estabilidade no relacionamento entre as instituições da República.O recém-empossado Presidente da Assembleia Nacional Popular do assegurou que o Parlamento só será digno das suas funções constitucionais, se for capaz de afirmar a sua identidade própria e restabelecer a confiança no povo guineense. Alertou que esse desafio tem de contar com os esforços conjugados de todos os parlamentares, funcionários da ANP e dele próprio, para se conseguir uma interação permanente com o povo que “representamos, uma cooperação positiva com as demais instituições da República da Guiné-Bissau e conjugação cabal de todas das sinergias”. Sem descurar da necessidade de implementar reformas estruturantes, por ser notório um vazio de legislação nos setores importantes da vida social do país, lembrou que a expressão firme e contundente manifestada pelos cidadãos nas eleições de 4 de junho que legitimam a escolha dos deputados à Assembleia Nacional Popular, nesta décima primeira legislatura, deve ser recebida como símbolo de um despertar para a realidade que hoje se vive no país bem como uma atenção cuidada e uma resposta serena dos deputados.“Segundo o nosso sistema, o Parlamento é um barômetro de confiança política para toda a sociedade, enquanto entidade responsável para assegurar a boa distribuição da riqueza nacional a favor de todos”, indicou, para de seguida alertar que as preocupações que chegam de todos os quadrantes obrigam os deputados a estarem vigilantes, atentos à marcha governativa e promotores da observância dos direitos fundamentais dos cidadãos.Domingos Simões Pereira lembrou que “temos que ter consciência de que é da Assembleia Nacional Popular que sai o governo. A nossa ação de fiscalização não termina com a simples identificação do que anda mal. Temos que ir atrás, diagnosticar, acompanhar, fiscalizar, controlar e fazer acontecer na Guiné-Bissau”. O novo Presidente do Parlamento guineense, anunciou que ANP vai apostar na política de aproximação aos eleitores, abrindo as sessões e os trabalhos parlamentares a todas as regiões da Guiné-Bissau para cumprir o dever de contato estreito e a prestação de contas aos cidadãos, porque “este Parlamento só é Parlamento, se o povo se rever na atuação dos seus membros”. Neste particular, Domingos Simões Pereira, desafiou o Coordenador Nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEN-G 15), Braima Camará, a trabalhar no sentido de ajudar a criar os grandes consensos e promover a saudável participação ativa de todos na tomada de decisões, sobretudo nas discussões de grandes assuntos de interesse nacional. Com os olhos postos no combate à pobreza e subdesenvolvimento, Simões Pereira afirma que o caminho para erradicar a fome, a pobreza e a insegurança alimentar, deve ser a primeira aposta dos deputados e da sociedade em geral, tendo assegurado que a integração da Guiné-Bissau nas organizações parlamentares internacionais será devidamente aproveitada para conceder ganhos ao país e servir de fonte para adquirir melhores práticas parlamentares, com vista a um excelente e profícuo desempenho da instituição e da Guiné-Bissau.